João Adolfo Guerreiro
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Iberê Camargo

Até 29 de março de 2015 acontece a exposição “Iberê Camargo: Século XXI”, em comemoração ao centenário de nascimento do artista gaúcho na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. A exposição ocorre na parte da tarde, vale a pena conferir.

O prédio de formato estranho que abriga a Fundação está situado entre às margens do Guaíba e o Morro Santa Tereza. Projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza, merece uma boa olhada antes de adentrá-lo. Seu exterior quase monolítico, uniforme, branco e frio, esconde o jogo de sua parte interna. O interior é surpreendentemente multifacetado, amplo e iluminado, a luz se espraia do teto por todos os quatro andares. Outro detalhe interessante é a vista da orla do Guaíba pelas janelas dos inusitados corredores. Impossível ficar indiferente.

Quanto a exposição, ela faz uma relação entre a arte de Iberê e a de artistas contemporâneos que trabalham com vários formatos e linguagens e que possuem uma “poética” parecida com a do pintor. Confesso que não possuo cultura artística suficiente, especialmente em pintura, para compreender a dimensão estética dos seus quadros expressionistas que estão nos primeiros andares da exposição. Logo, a relação que desenvolvi com os mesmos foi instintiva, ou melhor, gastronômica: tive vontade de comê-los. Aquelas pinturas abstratas e densas, com grossas camadas de tintas escuras, principalmente em tons de marrom, pareceram-me feitas de chocolate, dava vontade de tirar uns pedaços e degustar.

As pinturas dos andares superiores trazem figuras humanas, principalmente na série das bicicletas, sendo mais inteligíveis e convidativas à apreciação de um olhar leigo e, por sua vez, causaram-me desconforto e angústia. São obras belas e intensas, com um sentido sombrio, relativas à fase final da produção do artista. No térreo tem uma loja bem legal e sortida, com vários livros e lembranças referentes ao trabalho de Iberê, compensa dar uma olhada e, quem sabe, comprar algo. O belo livro da exposição, por exemplo, é um artigo interessantíssimo, a um preço bem em conta.

A Fundação Iberê Camargo não possui acesso muito fácil para quem não vai de automóvel. Chegar lá de ônibus ou de taxi não apresenta problema, entretanto, para sair, há de se caminhar um pouco, pois a Avenida Padre Cacique é de mão única naquele ponto. Estando lá, uma boa pedida é sentar no café ao lado da Fundação na hora de ir embora, ao final da tarde, observando o famoso pôr do sol do Guaíba, mesmo com os preços não sendo tão saborosos quanto os itens do cardápio.

Ao lado da Casa de Cultura Mário Quintana, do Mercado Público e da Usina do Gasômetro, a Fundação Iberê Camargo é, com certeza, um dos locais com entrada franca mais interessantes para se visitar Porto Alegre.

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EDUCAÇÃO e Contemporaneidade – Na segunda-feira fui assistir a apresentação dos artigos finais da Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade do IFSul de Charqueadas, a convite da aluna Lilian Natani. O curso, ministrado por um corpo docente qualificado, acontece desde 2011 e é um dentre os inúmeros benefícios que a instalação do IFSul trouxe para a Região Carbonífera.
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POLO Naval – Os trabalhadores da Iesa novamente ocuparam a empresa nessa semana, em protesto contra as demissões e o não pagamento de seus direitos trabalhistas. Todo apoio aos trabalhadores e aos empresários locais que estão sendo lesados financeiramente nesse momento.
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$EM $ - Se você precisar de dinheiro no domingo ou na segunda-feira ao início da manhã, será difícil encontrar na agência do Banrisul de Charqueadas, onde, nos dois últimos finais de semana, os saques estavam desabilitados nos caixas eletrônicos.

Texto publicado na seção de Opinião do jornal Portal de Notíciashttp://www.portaldenoticias.com.br
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 18/12/2014
Alterado em 18/12/2014
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