João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
10/05/2020 22h31
Dia das mães durante o isolamento social

Bom, não fui na casa da mãe hoje, pela primeira vez, em 52 anos. Desde sempre! Não vejo meus pais desde o dia 19 de março. Acordei umas oito horas ouvindo vozes na casa do meu sogro. Olhei pela janela, vi que era o seu irmão, Sérgio, com a ex-esposa, a filha, o genro e dois netos. Será que eles vieram para o Dia das Mães? Depois descobri que o seu Sérgio se acindentara de carro no dia anterior, uma colisão com uma Mitsubishi, mas nada sério. A família veio ve-lo e passaram para um café com meus sogros. 

Foram embora umas nove horas. Varri a área dos fundos, onde receberíamos a Joana. A Rosi acordou às 08h30min e tomamos café juntos, esse aí de cima foi o meu. Começamos a preparar tudo. A mulher a maionese e eu o churrasquinho de espetinhos. Eu incomodado com essas dez mil mortes pela Covid-19 no Brasil, pelo número ter dobrado rapidamente. A Joana chegou às 11:30h. Nós sentamos numa ponta da mesa, ela noutra. Distanciamento social e máscaras. Nos meus sogros, o cunhado mais novo, Pedro, veio e eles almoçaram no pátio, uma lasanha. Além dele e dos pais, meu cunhado mais velho e um irmão da minha sogra que aparece por ali e fica uns dias, às vezes.

Estranho estarmos em pátios separados, cada um no seu. Sempre juntamos as famílias debaixo dos jambolões no pátio do meu sogro em ocasiões festivas, sempre; desta vez, não, por motivos óbvios, né. Na verdade eu sempre vou para a casa de minha mãe nesse dia, e fiquei. Ainda bem que a Joana veio, coisa boa, fiquei feliz. Nós três em casa novamente, como era antes. Ficamos felizes. Meu genro Jessé não veio, foi pra casa da mãe dele. Joana deu uma correntinha, um sabonete e dois cremes para a Rosilane que, por sua vez, deu o artesanato do qual falei na públicação de ontem pra sua mãe. Oferecemos uma generosa "provinha" da maionese e dos espetinhos pra eles também, junto com uma Fanta Zero, que minha sogra adora. Eles nos deram uma boa porção da lasanha deles. Não comi, mas a Joana devorou e a Rosilane provou. Por umas 15 horas chegou a Manuela, esposa do Pedro, com o Artur, filho deles, de colo.

Sentamos na frente da casa, conversando, tocando violão e cantando com a Joana, até umas 20h30min. Lá por umas 17h, a Amanda, uma moça que cuida da mãe, fez uma live com ela, pela whatts da Rosilane, conforme combináramos na noite anterior. Gente boa essa guria, bem atenciosa. Ela tocou violão para a mãe cantar índia. Conversamos. Foi legal. Falei bastante com o pai por telefone, o estado de espírito dele tá legal, tá forte. Bom isso.

Eu meio triste, não sei se pelos óbitos, se por preocupação com meus pais e sogros, por não ter ido ver minha mãe, mas o fato é que não estava com uma energia legal hoje. Minha filha e esposa disserem que, se as coisas estivessem muito ruins por aqui na nossa região e cidade, nós saberíamos devido as mortes que ocorreriam, coisa que, graças a Deus, não aconteceu por aqui. Joana foi, Jessé veio buscar de carro com seu irmão. Higienizamos tudo: chão, cadeiras, louças. Protocolos no rigor. É o que se pode fazer. Agora é dormir.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 10/05/2020 às 22h31