João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
09/06/2008 15h33
Grêmio 2x1 Fluminense: nossa homenagem ao grande Renato Gaúcho.
Tarde nublada em Charqueadas, eu e o meu cunhado Pedro pegamos o ônibus (nome da empresa: Vitória) do consulado gremista e fomos para Porto Alegre ver o Tricolosso jogar no Olímpico contra o virtual campeão da Libertadores, o Fluminense.

Durante a semana a polêmica na comunidade do Grêmio no Orkut era apludir ou não o grande Renato Gaúcho, o nosso Maradona. A maioria do pessoal entendeu que sim, e eu entre eles.

Chegamos lá e, antes o jogo, o tempo melhorou. Isso é sempre bom prenúncio. Pra ajudar, só tomamos Pepsi Cola, que tem azul no logo, visto que a Coca, vermelha, dá azar em dia de jogo do Grêmio. Ficamos nas cadeiras centrais, no anel superior. Sentamos na última fila ao alto. Chegou depois uma turma de pessoas vestindo a camisa da Votorantin, devia ser uma promoção da empresa para os funcionários.

Meu cunhado é sócio, daqueles de ir sempre na Geral do Grêmio. De início tinha um gordo à nossa frente que insistia em ficar de pé, mas que se sentou depois. Imagina, pagar uma grana pra ver a bunda e a careca do gordo durante o jogo não seria algo a ser tolerável.

O pessoal batia fotos e fazia comentários bem bobocas sobre o espetáculo, o que entediava meu cunhado: "Bah, esse pessoal, com certeza, não sabe nem cantar as músicas da torcida!"

Eu estava com uma intuição de que o Grêmio ia ganhar de 3x0. Nós lá, cantando e gritando, movidos a cerveja sem álcool (Liber da Brahma), pois bebidas alcoólicas estão proibidas em estádios de futebol no Rio Grande. O pessoal reclama que essa cerveja tem gosto de pêssego, mas eu achei legal. Dá-lhe Grêmio, até de cerveja sem alcool nós iremos!!!

Ao falarem a escalação das equipes e, ao ciatrem o Renato como treinador do Fluminense, o estádio inteiro bateu palmas. O nome do Celso Roth, treinador do Grêmio, foi dito logo depois, numa quebra de protocolo (o nome do técnico é dito sempre ao final da escalação) pra evitar a vaia pra ele. Palhaçada isso, o time tá bem! "Deixa o Roth trabalhar".

Na entrada dos times, quando o Renato pisou no gramado, o Olímpico veio abaixo, cantando o nome dele. Começou o jogo, e o sol caindo sobre as nuvens pintava uma bela imagem no céu azul, realmente linda de se ver. Um prazer estar vivo vendo uma coisa assim.

No primeiro gol do Grêmio, Pereira, o Zagueiro dos Aflitos, cabeceou, o goleiro defendeu parcialmente e Perea pegou o rebote e estufou as redes. No segundo tempo, Perea recebeu a bola livre, driblou um zagueiro, entrou na área e chutou: 2x0. Mais pro final, pênalti do Reinaldo sobre o Dodô, que bateu e fez 2x1. Droga, eu estava convicto de que o jogo seria 3x0. Mas ao final o Grêmio ganhou.

Os refletores do Olímpico (três em cada lado do estádio) foram parcialmente desligados e, curiosamente, de forma intencional ou não, formaram um sete entre parênteses: ( 7 ). Pouca gente percebeu isso. Mas era o 7 que Renato Gaúcho vestia nos momentos gloriosos do Grêmio e que Perea, autor dos dois gols do tricolosso, estava vestindo.

Na volta, ao chegarmos em Charqueadas, fomos num bar daqui, o Paredão, que é de um colorado amigo meu. De uniforme e tudo, pedimos pra ele uma pizza "Portuguesa" e um vinho do Porto, só pra gozar ele. Acabamos comendo o xis "Campeão" e tomando a cerveja (com alcool) Quilmes, que é Argentina (logo, de "alma castelhana", que nem o Grêmio) e tem o rótulo azul, preto e branco. Tudo a ver.

Foi um domingo de vitória, de homenagens e de simbolismos. Dá-lhe Grêmio. A vida é bela.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 09/06/2008 às 15h33