João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Fica, Renato!

 

Ah, o doce e fugaz prazer do futebol, onde se morre no domingo e se ressuscita na quarta-feira. Grêmio 3x2 Flamengo, contra todas as expectativas. Até as minhas próprias, que torcia por um empate. Mas fui na Arena apoiar. Com o Grêmio onde o Grêmio estiver e, principalmente, como estiver. Depois do resultado, não queria ver a cara dos colorados secadores, mas sim a dos gremistas corneteiros.

 

Os colorados estão na deles em secar e tocar flauta e, tenho de confessar, o que vem da parte inferior da tabela de classificação não me atinge. Agora, aqueles gremistas corneteiros de hoje, herdeiros daqueles insuportáveis corneteiros da social do Olímpico, esses devem se penitenciar por pedirem a cabeça do Homem Gol, da Estátua Viva da Arena do Humaitá, da Estrela que possui estrela, do São Renato Gaúcho, padroeiro de todos os gremistas de verdade, que não ficam dando olhos e ouvidos pra peçonha destilada pela imprensa colorada contra o padeiro de Bento Gonçalves, o único brasileiro que levantou a Libertadores como jogador e treinador, o melhor DVD do futebol brasileiro. Ora, que a imprensa vermelha e branca odeie e difame o trabalho de Renato é aceitável, mesmo que repugnante, mas tu, gremista, fazer coro ao vitupério desses caras é imperdoável.

 

Onde estavas ontem, corneteiro, que não foi foi no Consulado lotar outro ônibus pra ir no jogo? Eras um dos vinte mil que faltaram na Arena? Homens e mulheres de pouca fé, devem ter ficado em casa olhando o jogo pela TV e reclamando de Renato e do time, dando razão pros comentaristas colorados, principalmente depois que Cebolinha fez o gol do Flamengo. Imagino vocês bradando: "Eu não disse? Time ruim! Fora, Renato!" Ah, se o imortal Paulo Sant'Ana ainda fosse vivo, com que decepção olharia pra vocês agora. Com certeza sua crônica na Zero Hora de hoje teria o título de "Fica, Renato!". Enalteceria Renato e o Grêmio. Logo, faço essa crônica em homenagem a este grande mestre cronista gaúcho, a esse grande tricolor.

 

No final do primeiro tempo, estava certo do empate até Cebolinha fazer o gol. No intervalo, fiquei amuado, até os deuses do futebol soprarem no meu ouvido para sentar bem ao lado da goleira onde o Grêmio atacaria no segundo tempo, com a Geral ao fundo, pois maravilhas aconteceriam - e aconteceram. Comprei uma Coca Zero e um Cachorro do Rosário e fui pra lá. O destino sempre supera as expectativas dos que comparecem, não desistem, acreditam e apoiam.

 

Fica, Renato! E toma jeito, corneteiro da social do Olímpico! Ou não aprendeu nada e prefere o que passamos em 2021?

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 26/10/2023
Alterado em 26/10/2023
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