João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Quem passou o café hoje?

 

Bom dia! Boa manhã na primeira quinta-feira do inverno. Já passei o café e o tomei bem cedinho, antes do sol nascer. Faço no coador de pano, o famoso café passado no saco - não gosto de cafeteiras elétricas, o sabor do café feito nelas não me agrada. Não tem antes, durante e depois mais legal que este, em se tratando de café, na minha opinião.

 

Antes, é o aroma do café ao abrir o pacote; durante, é a fumacinha da água quente subindo do coador e imantando a cozinha com aquele odor mais encorpado; e, depois, é o sabor do café bem forte. Eu faço forte, sempre. A D O R O. Não gosto de café fraco, pra mim parece água suja de café, eh eh eh eh. Sei que tem os que gostam, mas essa não é a minha praia de água cafeína.

 

Em casa, passo e bebo o café enquanto furungo as notícias no Hora Um, na Euronews e na internet, mais precisamente Facebook e Uol. Mais tarde, jornal de papel na mão, faço outro café. Quando no serviço, também passo. Nem todos gostam do café passado - minha esposa não toma. Não vivo sem. Exagero, claro, pois não sobreviveria mesmo sem água e ar, mas que o mundo com café passado e pão com manteiga é melhor, ah, isso é. No serviço a gente toma café com os parças, pois os colegas confirmados, aqueles com quem a gente se enturma, são parças. A Mari não toma café passado, e olha que eu levo pro serviço os top top, o que considero o melhor dos melhores. Só Baggio, sem Melitta. Não sou cachaceiro, só cafeteiro, logo, capricho no pó. Não que o Melitta não seja bom, principalmente aquele Sabor da Fazenda - que minha filha adora -, mas gosto de experimentar os especiais e, por fim, acabei me definindo pelos da Baggio.

 

No serviço, no início da manhã, preparando-se para a lida do dia, comungando afinidades profissionais e planejando as tarefas, o café vai muito bem enquanto ritual. Como Tex e Carson, na imagem acima, personagens do famoso gibi da editora Bonelli. Finalzinho da madrugada e os pards - usam essa expressão - já despertos preparando-se para a jornada no lombo dos cavalos. Eu seria o Carson, o que sempre faz o café.

 

Passar o café é como fritar ovo ou fazer arroz, é simples, mas a pessoa tem de gostar de fazer pro sabor ficar especial, caprichando nos detalhes que fazem toda a diferença - qualquer dia revelo os meus. Minha sogra é dessas. Craque no café passado. Melhor do que o meu, reconheço. E olha que eu sou bom nisso.

 

Então tá, uma ótima quinta pra vocês. Quem passou o café por aí hoje?

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 22/06/2023
Alterado em 22/06/2023
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