João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
Fernanda Vasconcellos no Salvato

O marido chegou na sala e sentou para olhar TV com a esposa, coisa que raramente fazia. Estava passando uma dessas novelas xaroposas da Globo.
- Olha ali, a Fernanda Vasconcellos. Fazia tempo que eu não via ela na TV. Ela ainda “funciona” – implicou.
- Eh eh eh eh, “funciona” mesmo – zombou a mulher.
O marido não deixou por menos:
- Ué, ela estava “com defeito”, sabia?
- “Doente”, você quer dizer...
- Não, não. Estava “com defeito” mesmo.
- E como tu sabe disso, gênio?
- Ora, lembra quando eu levei o rádio/CD que estava estragado lá no Salvato pra arrumar?
- Sim. E daí?
- Quando eu fui buscar ele lá, vi a Fernanda Vasconcellos.
- A Fernanda Vasconcelos? No Salvato? Ela também foi lá buscar um rádio? Eh eh eh eh.
- Não, ela estava lá pro Salvato consertar ela. Tava com defeito, já disse.
- Então tá, se tu tá dizendo....
- Sim, é fato, é fato. Perguntei pro Salvato e ele me disse que a voz dela não saía, estava muda. Daí a Globo levou ela lá para ele consertar. Pouca gente sabe, mas o Salvato é quem conserta as atrizes da Globo quando eles estragam, param de funcionar, dão defeito, essas coisas. Inclusive ele andou reformando a Vera Fischer no mês passado.
- Mas bah, que interessante isso...
- A Fernanda tava lá, parada, quieta, em pé. Eu perguntei pra ele se eu podia tocar nela pra ver como era. Ele disse: “Não, não dá. Bem capaz. A Globo já tá vindo aí buscar ela E, mesmo assim, na Fernanda Vasconcellos só eu toco a mão”. Ele olhou nos meus olhos, leu meus pensamentos e rapidamente se corrigiu: “Pra consertar, pra consertar...”
- Incrível, incrível isso...
- Mas daí eu insisti e pedi pra ele dar uma ligadinha nela, pra mim ouvir ela falar. E ele resolveu me dar essa canja. Ligou ela. Eu disse “Oi” e ela olhou para mim, sorriu  e me respondeu num fôlego só: “A vida é um rato pego por um gato que fugiu de um cachorro que foi atropelado por um carro que bateu num caminhão tanque que capotou e explodiu”.
- Eu fiquei bege, claro: “Cruzes, o que é isso?!?!” O Salvato me tranquilizou: “Calma, não é nada. A formatação lógica do disco rígido é a Globo mesmo que faz, não te preocupa”.
- Tá, tá, quer deixar eu ver a minha novela em paz agora?

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“COMO ASSIM?”
Como será andar sem ser sobre rodas?
Como será viver sem ser diferente?
Como será andar com os pés no chão?
Como será não ser olhado como se fosse um ET?
Como será dançar uma musica linda?
Como será entrar nos lugares sem ser notado como diferente?
Como será andar sem ter que procurar rampas para entrar nos lugares?
(Edson Pessel – Charqueadas)

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ROCK – Dia 13 foi o Dia Mundial do Rock. Puxa vida, que falta faz uma casa noturna como a Live Studio numa data como essa! Estava lendo matérias nos jornais e uma delas se referia aos shows internacionais que passaram por Porto Alegre dos anos 1960 para cá. Então fiquei pensando nos shows do Oasis, Guns N’ Roses, Robert Plant e David Gilmour, que eu fui assistir. Lembrei também dos festivais Rock Unificado, nos anos 1980, com bandas gaúchas. Também dos shows do Lobão e do Engenheiros que fui no Gigantinho. Uau syl! Teve um show que eu não fui, mas queria muito ter ido: Van Halen, em 1985. Quem estava lá disse que foi o melhor show de rock que já passou pela capital até hoje: os caras tocaram duas horas com muita vontade, com muito volume e com muita técnica e musicalidade.

Texto publicado na seção de Opinião do jornal Portal de Notícias, versões impressa e online: http://www.portaldenoticias.com.br
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 16/07/2016
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