João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
Textos
Guerra ao Terror, Guerra contra o Tráfico. O Rio de Janeiro continua lindo!
Como sofre o povo pobre que sustenta o vício do povo rico que concentra a renda que lhe falta. Sempre serviçal, até pra fazer o trabalho sujo pra viagem segura do abonado, enfrentando a Tropa de Elite no asfalto e no alto do morro, pois não passa de um soldado raso esfarrapado, mesmo achando que é o zorro com um fuzil turbinado (quem planta, colhe; quem semeia vento, vê brotar a tempestade).
Favelados, como sofre esse povo. Com o traficante, com a milícia, com a polícia, com a mídia, com a marinha, com o exército, com o caveirão, com o urutu, com o helicóptero, com o microondas, com a casa revistada, com a vida tumultuada, com a prole assassinada pela bala perdida. Com a falta de renda, com a falta de saúde, com a falta de educação, com a falta de saneamento. Pobre povo da favela, como sofre na busca por um lugar ao sol.
Mas alguém um dia teria que dar um basta nisso tudo, todo mundo o sabia, e esse é o preço que se paga, mesmo não sendo quem fez a dívida. Tudo isso iria ter um fim, ao ponto que chegou, não ficaria assim.
Depois da eleição, quem se achava o dono, viu que não era não, pois a força bruta maior do Estado não viu par no inimigo drogado, que fugiu acelerado com medo do soldado. O território foi retomado, pois contra a força bruta não há resistência, contra a mídia ufanista-pirotécnica-maniqueísta não há sobrevivência. Quem toca fogo em carro acaba queimado. Ninguém nunca subestime o poder de fogo do Estado. Fogo que engole fogo, tempestade que engole vento.
O território foi retomado. Talvez agora, quem sempre o favelado ignora, vá fazer ambulatório e escola, pois não quer nada errado na Copa. Talvez agora, quem nunca pro favelado liga, melhore a vida, pois o mundo estará de olho na Olímpiada. O território foi retomado, as bandeiras foram hasteadas, agora se espera do Estado, que olhe por sua gente favelada.
Com a polícia veio a liberdade, mas o soldado não faz amigos, limpa a cidade, destrói o inimigo. O professor, o médico, o assistente social, esses aliviam o verdadeiro mal, que é a pouca renda que constrói o marginal que serve ao jovem drogado da casa de louças de cristal.
Talvez Deus tenha intervido nessa caso, escrevendo sempre correto por linhas tortas, levando a redenção ao favelado através do anjo vingador fardado contra o traficante armado.
Mas ainda tem muito culpado esperando na fila pra pagar a sua dívida (quem planta, colhe; quem semeia vento, vê brotar a tempestade).
"Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é necessário que sucedam escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo."
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"Meu Diário"
Tenho postado com mais frequência textos no
"Meu Diário" no site do escritor:
www.souzaguerreiro.com/blog.php
Fluminense campeão brasileiro 2010 - Grêmio aguarda vaga na Libertadores.
Como sofre o povo pobre que sustenta o vício do povo rico que concentra a renda que lhe falta. Sempre serviçal, até pra fazer o trabalho sujo pra viagem segura do abonado, enfrentando a Tropa de Elite no asfalto e no alto do morro, pois não passa de um soldado raso esfarrapado, mesmo achando que é o zorro com um fuzil turbinado (quem planta, colhe; quem semeia vento, vê brotar a tempestade).
Favelados, como sofre esse povo. Com o traficante, com a milícia, com a polícia, com a mídia, com a marinha, com o exército, com o caveirão, com o urutu, com o helicóptero, com o microondas, com a casa revistada, com a vida tumultuada, com a prole assassinada pela bala perdida. Com a falta de renda, com a falta de saúde, com a falta de educação, com a falta de saneamento. Pobre povo da favela, como sofre na busca por um lugar ao sol.
Mas alguém um dia teria que dar um basta nisso tudo, todo mundo o sabia, e esse é o preço que se paga, mesmo não sendo quem fez a dívida. Tudo isso iria ter um fim, ao ponto que chegou, não ficaria assim.
Depois da eleição, quem se achava o dono, viu que não era não, pois a força bruta maior do Estado não viu par no inimigo drogado, que fugiu acelerado com medo do soldado. O território foi retomado, pois contra a força bruta não há resistência, contra a mídia ufanista-pirotécnica-maniqueísta não há sobrevivência. Quem toca fogo em carro acaba queimado. Ninguém nunca subestime o poder de fogo do Estado. Fogo que engole fogo, tempestade que engole vento.
O território foi retomado. Talvez agora, quem sempre o favelado ignora, vá fazer ambulatório e escola, pois não quer nada errado na Copa. Talvez agora, quem nunca pro favelado liga, melhore a vida, pois o mundo estará de olho na Olímpiada. O território foi retomado, as bandeiras foram hasteadas, agora se espera do Estado, que olhe por sua gente favelada.
Com a polícia veio a liberdade, mas o soldado não faz amigos, limpa a cidade, destrói o inimigo. O professor, o médico, o assistente social, esses aliviam o verdadeiro mal, que é a pouca renda que constrói o marginal que serve ao jovem drogado da casa de louças de cristal.
Talvez Deus tenha intervido nessa caso, escrevendo sempre correto por linhas tortas, levando a redenção ao favelado através do anjo vingador fardado contra o traficante armado.
Mas ainda tem muito culpado esperando na fila pra pagar a sua dívida (quem planta, colhe; quem semeia vento, vê brotar a tempestade).
"Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é necessário que sucedam escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo."
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"Meu Diário"
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Fluminense campeão brasileiro 2010 - Grêmio aguarda vaga na Libertadores.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 30/11/2010
Alterado em 05/12/2010
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